A
primeira providência é detectar quais os maiores problemas de uma comunidade,
depois verificar quem são as pessoas (não políticos) que se interessem realmente
em trabalhar para o povo, honesto para consigo mesmo, reconhecido como honrado
nesta localidade e que deseje disputar uma vaga na câmara.
Entre
estes se buscam os mais populares e começa o cerco, verificam-se com quais ações
ele aparece na comunidade, o que precisa para que estas ações sejam mais
eficientes, pronto; está armado o quadro número um.
Chama-se
o dito cujo, e se propõe uma parceria, eu te ajudo e você a mim.
Vou
prover financeiramente suas ações sociais e seremos parceiros. Se o dito
cidadão aceita tudo bem, não falta dinheiro para suas necessidades de campanha.
Com
a experiência o “benfeitor” que já identificou quais as necessidades mais
prementes da comunidade começa a formação do “homem que trabalha pelo bem do
povo”, caso não aceite ai tudo será feito para desacreditá-lo e aos seus
trabalhos, Se possível denegrir sua imagem ante a comunidade.
Mais
manter um curral eleitoral não é barato, o vereador, deputado ou prefeito tem
que manter um pequeno exército de lambe varas em cada localidade para que
passem os quatro anos de seu mandato elogiando ou buscando formas de minimizar
os erros do padrinho.
Muitas
vezes é mais fácil tirar deste exército um “ lambe
vara” um de boa aparência, loquaz e transformá-lo num líder comunitário. O
padrinho conhece sua fidelidade quase canina sabe que pode investir porque o
investimento terá retorno.
Assim
vão surgindo os novos porteiros para currais velhos.
O
que falta na localidade que “não existe”?
Vamos
começar pelo que mais atinge o ser humano, saúde!
Primeiro
se produz o coas, faltam médicos, exames mais complexos, tratamentos
especializados. Assim os cidadãos do lugar que não existe ficam obrigados a
buscarem por estas coisas noutro lugar, fora do município. Então começa o
drama; não tem como, sem dinheiro para pagar veículos especiais para o deslocamento
o cidadão se vê só e abandonado, ai aparecem os novos porteiros para currais
velhos, disponibilizam veículos (mantidos pelo padrinho) para levar, espera e
trazer os cidadãos necessitados, ajuda na compra de remédios que muitas vezes saem
das farmácias públicas. Facilmente encontrados
por eles mais inacessível aos cidadãos. Uma cirurgia primária que é paga pelo
Governo Federal mais que pelo volume tem longo período de espera mais, facilmente
contornado pelo Dr. Vereador ou deputado padrinho ou como em muitas vezes acontece
o médico é o candidato. A locomoção é garantida o padrinho facilita a compra de
um carro, paga as despesas de gasolina e motoristas (ou este trabalham
esperando que seu “porteiro” seja eleito e lhe consiga uma boquinha, um CC 4
para ele ficar quatro anos sentadinho numa praça fazendo propaganda do “porteiro”.
Na
localidade que “não existe” vários pontos alaga, invade as casas porque o poder
público não faz sua parte, sempre manda dois três homens fazer a limpeza de
canais, valas, canaletas, esgotos, limpezas de linhas d’água e precariamente
canais mesmo sabendo que estas ações serão irrelevantes. Detectada mais esta
necessidade o candidato a “porteiro de curral” fala com o padrinho que com alguns
telefonemas consegue enviar máquinas, caminhões e homens ao local (que não
existiam) os porteiros sempre á frente vão aos poucos se firmando como líderes
trabalhadores incansáveis em beneficio da localidade que não existe. Na
localidade que “não existe” com uma população maior que a de 117 dos 185
municípios do Estado de Pernambuco, também não existe: Posto bancário,
correios, delegacia ou posto policial, mais tem mais de 12.000 votos suficientes
para eleger até dois vereadores ou mais. Porém a ação desses porteiros e
padrinhos volatiliza tanto este número de votos que quase sempre a localidade
que “não existe” não consegue eleger um representante.
Assim,
caso o porteiro não consiga ser eleito pelo menos o padrinho tem certeza que
terá um fiel cão de guarda do seu curral.
Na
mentalidade dos moradores da localidade que “não existe” dentre tantos apenas duas
ou três pessoas estão capacitadas a dirigir o município, existe até uma cultura
de que se não for nascido e criado no município não presta. Até hoje quem mais
fez por Pernambuco sequer era brasileiro.
Hoje
o Cabo perdeu uma cidadã por falta de uma ambulância UTI para transferi-la da
Mista ao Otávio de Freitas. De quem é a culpa? Nossa! Das nossas escolhas, da
nossa incapacidade de ver o obvio. A cada quatro anos travestidos de salvadores
do povo os ávidos de poder saem da hibernação que viveram três anos e meio, investem
fortunas propagando seus nomes e focinhos mais, nenhum deles usa seu poder e
parte do dinheiro que tão facilmente ganham do povo (*que não tem) para salvar
uma vida.
Como
se não bastasse a partir de agora tudo na localidade que “não existe” vai ter coisa
que nunca teve, imaginem academia para melhorar saúde da população coisa que a
localidade nunca teve apesar de pleitear sempre. Lembrem apenas duas coisas:
1)
Político não é
autoridade é empregado do povo e no nosso caso, empregados bem ruins.
2)
Devem ser
trocados sempre perla mesma razão que as fraudas dos bebês.
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