sexta-feira, 23 de outubro de 2015

DO BLOG DA LILI CARABINA

SEXTA-FEIRA, 23 DE OUTUBRO DE 2015

CRUCIFIXO QUE LULA LEVOU


por Carlos Newton 
Como se sabe, o ex-presidente Lula levou para São Bernardo do Campo todos os presentes que recebeu ao longo de seus dois mandatos. O que não se sabia é que levou muito mais coisas. Na mudança, ao preço de R$ 500 mil (pagos pela União), foram usados 11 caminhões, dos quais um climatizado para levar – acreditem – TODA A ADEGA do Palácio Alvorada. (Já imaginaram quantas garrafas de bebida cabem num caminhão?). Como Lula é um apreciador, um “connoisseur”, a tentação falou mais alto.

Em função dessa apropriação indébita, digamos assim, foi iniciada uma campanha pública para forçar o ex-presidente e Dona Marisa a devolverem esses objetos que pertencem à União, mas que, em sua ignorância, eles julgam serem da propriedade deles.

Detalhe: o mais curioso não foi Lula e Dona Marisa terem levado literalmente tudo, inclusive as bebidas, como se a adega da Presidência fosse deles, criada por eles e para eles. O pior é eles terem levado o belíssimo crucifixo que estava há décadas no gabinete presidencial do Palácio do Planalto. É uma peça enorme, incrustada numa prancha de madeira de lei de 2 m por 75 cm, que ninguém “doou” ao casal Lula da Silva, mas eles gostaram e levaram assim mesmo. Só esqueceram a velha Bíblia que estava no Planalto, mas isso é explicável. Como é público e notório, Lula não é chegado a livros.

A legislação brasileira determina que os presentes ganhos pelo Presidente da República, no exercício da função, sejam incorporados ao patrimônio público, por serem considerados propriedade do estado.

Lula e sua família, ao deixarem o Palácio da Alvorada, levaram todos os presentes recebidos, inclusive uma coleção de jóias raras recebida do presidente de Egito, já registradas no acervo da Presidência da República.

D. Marisa, a italiana, disse que as joias eram delas e as colocou na sua bagagem, rumo a São Bernardo do Campo.

Funcionários antigos da Presidência ficaram horrorizados quando perceberam a falta de diversos objetos de arte e peças de alto valor, inclusive o crucifixo que há décadas adornava o gabinete do Presidente da República.

O problema é que aquela imagem do Cristo crucificado é tida como milagrosa e adorada pelos que lá trabalham. O pior é que o povo brasileiro, impressionado com o roubo do crucifixo presidencial, começa a achar que o Brasil vem, desde então, sendo castigado por Deus, através de fenômenos da natureza.

O grande número de ciclones ocorridos no sul do País e, principalmente, a tragédia na região serrana fluminense seriam resultantes da ira divina pela ação gatuna dos Silva.

Em vista deste descalabro e por temor da ira divina, foi lançada a campanha de recuperação do patrimônio público nacional:
“Devolve, Lula…!”

A Folha de S. Paulo chegou a publicar a informação de que a presidenta Dilma Rousseff, em sua primeira semana de trabalho, retirara o crucifixo da parede de seu gabinete e a Bíblia de sua mesa.

A Secretaria de Comunicação Social (Secom) então contradisse a informação divulgada pela Folha, esclarecendo em nota oficial que a presidenta Dilma não tirou o crucifixo da parede de seu gabinete. Segundo a Secom, o crucifixo, de origem portuguesa, seria do ex-presidente Lula, que o ganhara de um amigo no início do governo. E a Bíblia continua lá, em uma sala contígua, em cima de uma mesa.
A nota oficial da Secom está totalmente equivocada, como pode ser comprovado pelas fotos anexadas ao texto da campanha “Devolve, Lula!…”. Lula não ganhou crucifixo algum, há décadas a obra de arte já estava na parede do Planalto, ele surrupiou, mesmo. Basta ver as fotos dos presidentes anteriores, como Itamar Franco, diante da imagem.
Aliás, jamais na História deste país, um presidente se comportou como Lula ao fazer sua modesta mudança. Que faça bom proveito dela, especialmente da antiga adega do Palácio Alvorada, que agora está sendo refeita aos poucos, porque a atual presidente tem outro perfil e não é chegada a libações alcoólicas
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Lúcia Maria Cortez

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