COMO BRASILEIRO GOSTA, INCELENÇA FDP LADRÃO.
SALÁRIO MINIMO, NOSSO POVO MERECE. OMISSO, COVARDE, ESTA É A PAGA
Tribuna da Internet
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012 | 06:48
Previsões para 2013. Câmara será presidida por um dos parlamentares mais
ricos do país, cuja fortuna é inexplicável - Henrique Eduardo Alves..
Carlos Newton
O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), tem uma boa cota
federal que já vem de longa data e foi mantida pelo PT: o Departamento Nacional
de Obras contra Secas (DNOCS). É ele quem controla esse importante órgão
federal, que lhe dá prestígio e poder. Portanto, não é à toa que Alves esteja
exercendo seu 11º mandato consecutivo.
Alves, denunciado pela ex-mulher
É uma espécie gato de sete vidas, sempre metido em algum escândalo, mas
ninguém consegue destroná-lo. Nem mesmo a ex-mulher Monica Infante de Azambuja
Alves, que sabia tudo sobre ele e levou boa parte da fortuna na separação
matrimonial. Suas denúncias fizeram muitos estragos, mas não conseguiram
derrubar o político do PMDB.
Em 2002, quando o PSDB estava escolhendo um vice para a candidatura
presidencial de José Serra, o indicado seria Henrique Eduardo Alves. Tudo ia
bem, até que a ex-mulher, em pleno processo de separação litigiosa, enviou uma
carta ao então presidente do partido dos tucanos, deputado José Aníbal (SP).
“Na briga por uma fatia maior na partilha de bens, a ex-mulher de Alves
entregou aos advogados uma coleção explosiva de extratos bancários, contas
telefônicas, comprovantes de despesas de cartão de crédito e bilhetes. O
material revelava que o deputado tinha uma dinheirama invejável em, no mínimo,
três paraísos fiscais: Nassau, nas Bahamas; Ilhas Jersey, no canal da Mancha; e
Genebra, na Suíça”, assinalaram os repórteres Sônia Filgueiras e Weiller Diniz,
na revista Istoé.
Revelaram que a movimentação de Alves era coordenada pelo banco suíço Union
Bancaire Privée (UBP), uma instituição financeira com clientela internacional
refinada, atendida através de agências espalhadas por vários paraísos fiscais.
Além disso, Henrique Alves tinha uma conta no Lloyds Bank, em Miami. Nada disso
constana nas últimas quatro declarações de renda do deputado.
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RENDIMENTOS
“Desde 1997, Henrique Eduardo Alves declarava ter rendimentos anuais médios
de R$ 240 mil brutos, ou seja, singelos R$ 20 mil mensais. Considerados os
descontos de praxe, sobravam R$ 5 mil da Câmara dos Deputados e R$ 10 mil por
conta da participação societária no grupo de comunicação do clã Alves no Rio
Grande do Norte, que controla emissoras de rádio, a repetidora local da Rede
Globo e jornais impressos”, dizia a matéria da Istoé.
Pior: a vida moderada que o então candidato a vice de Serra dizia ter é
incompatível com, por exemplo, a impressionante movimentação financeira da
conta numerada (245 3333 HM) no UBP de Jersey, usada pelo deputado para quitar
as gordas despesas de seu cartão de crédito American Express emitido no
Exterior e sem limite de gasto. Apenas em 1996, o entra-e-sai do dinheiro na
conta somou quase US$ 500 mil.
Pelas declarações de Mônica Alves, tratava-se apenas de uma pequena amostra
do patrimônio extra-oficial do ex-marido. Ela afirmou aos advogados que o
deputado omitiu do Fisco “diversas contas correntes bancárias existentes no
Exterior que possuem saldo superior a US$ 15 milhões”. A ex-mulher declara
ainda que Henrique Alves também usa laranjas para encobrir o patrimônio.
Os advogados de Mônica alegavam que o deputado “deixou de incluir diversos
bens imóveis do casal, bem como várias empresas”, e comprou “vasto patrimônio
em nome de terceiros, entre eles, a amante de seu pai, o pai de sua secretária
e seu irmão”.
O candidatura a vice malogrou, o casamento acabou, mas a carreira de Henrique
Eduardo Alves continua em alta. Ele segue dando as cartas no DNOCS, sua fortuna
não foi investigada pela Receita, pela Polícia Federal ou pelo Ministério
Público. E agora será presidente da Câmara, ou seja, o terceiro na sucessão
presidencial. Ah, Brasil…