quarta-feira, 20 de junho de 2012

CABO DE SANTO AGOSTINHO, CIDADE DAS CONTRADIÇÕES E DISTORÇÕES HISTÓRICAS

   Sabemos de muitas contradições, uma delas:               O Município é Santo Agostinho, o padroeiro, Santo Antônio entre dezenas. Distorções: Data de emancipação é uma delas, entre outras tantas. 
Antes, parabéns a todos que buscam preservar o que de mais verdadeiro existe em Pontezinha, "O COCO DE RODA"
---MATÉRIA NESTE BLOG:
sexta-feira, 12 de junho de 2009
COCO DE RODA- Alberto Figueiredo

               Lidar com cultura é coisa séria, muito séria e mais ainda resgatar a historia de um povo, uma comunidade ou mesmo traçar o caminho percorrido por uma manifestação popular.
Resgatar é trazer à luz as raízes de uma cultura de uma tradição, por isso em primeiro lugar o compromisso com a verdade a responsabilidade de informar apenas com base em fatos, provas cabais de como, por quem, onde e de que forma tal tradição se tornou um patrimônio de um determinado grupo social é essencial.
Ao nomear como responsável por trazer, difundir, propagar um folguedo é necessário antes de tudo uma analise criteriosa e apartidária, só assim aparecerão as verdadeiras raízes e consequentemente por sua exposição a tradição se tornará cada vez mais forte e abrangente.
Aos que fazem cultura é negado o partidarismo, o apadrinhamento.
FOTO: BLOG COCO DE PONTEZINHA
A falta de critérios honestos faltamente enfraquecerá uma tradição e a levará ao esquecimento.
Cheguei para morar em Pontezinha há 23 anos, é meu lugar, meu lar, minha cidade.
Sempre fui defensor da cultura popular, sem ela não existe identidade de um povo de uma comunidade, o coco de roda, dançado no palanque do coco atraia visitantes de outros lugares. 
A falta de incentivo, interesse e principalmente a falta de estudos criteriosos e isentos de interesses no traçado de sua historia por parte dos que lidam com cultura destruiu o que de mais autentico nele existia, a participação popular, a expressão natural, improvisada do dançar o coco.
Não houve critério no traçar da historia do coco de roda em Pontezinha e quando a história relega seu precursor ao esquecimento esta fadada ao desaparecimento.

Aos poucos, lenta e inexoravelmente o que foi orgulho da cultura popular em Pontezinha esta morrendo. A cada ano sorve uma taça de veneno quando aceita uma inverdade na sua própria historia.

MATÉRIA SITE DO CONSELHO SOCIAL DOS MORADORES DE PONTEZINHA - POR: HERALDO FERRAZ.

A VERDADE SOBRE O COCO DE RODA DE PONTEZINHA
(O PAI DA CRIANÇA)

Do site do

CONSELHO SOCIAL DOS MORADORES DE PONTEZINHA

BY HERALDO FERRAZ


O coco de roda começou em frente de minha casa, lá pelos idos de 1967 e que aos poucos foi crescendo ficando quase impossível a brincadeira por ser a rua muito estreita, como também as reclamações vindas da vizinhança e daqueles que tinham seus carros e ficavam sem condições de chegarem até suas casa, fazendo com que ZEZINHO VARELO fala-se com seu amigo Zequinha da Bolacha (Prefeito), e do vereador Euclides Fonseca (todos nos seus primeiros mandatos) e que conseguiram através da câmara de vereadores, desapropriarem um terreno, um chafariz público municipal e uma barraca de taboa pertencente ao pai de Zezinho, e vendido ao Alfredo Espírita com era conhecido na época.
FOTO: BLOG COCO DE PONTEZINHA

Diz LINDALVA DA SILVA SANTOS, esposa do senhor ANTENOR JOSÉ DOS SANTOS também participante da Palhoça do Coco ou Palhoção do Zezinho com era conhecido nos seus tempos de glória, passando depois para Sacramento. Segundo o senhor Antenor, que enalteceu cheio de saudade elogiando o amigo já falecido, JOSÉ VARELO OU, ZEZINHO o grande idealizador desse coco de roda, hoje injustiçado perante seus familiares e amigos da velha guarda que tanto fez por esse coco, e no final, seu nome é mencionado em segundo plano, quando na realidade foi ele, o Pai da criança, o eterno presidente e puxador de cantoria, e emboladas com variados temas, desde o convite a apresentação de pessoas ilustres ou amigos puxadores daquela época, como foi o caso de ROBERTO COCADA, ZEZINHO VARELO, SEVERINO GRANDÃO, SEVERINO CARGUEIRO, VALDECY, o próprio Mestre Goitá (vindo anos depois já no governo de Elias Gomes) da cidade de Ribeirão a convite de Zezinho passando a residir definitivamente em Pontezinha, sendo hoje, o grande homenageado. Tendo os demais fundadores, suas participações em animar o salão, fazendo aquela roda e sapateando no ritmado do coco em cantoria que acabava muitas vezes ao raiar do sol. Cantando esse refrão “estava na praia, havia lua cheia e via o cantar das sereias no balanço do mar”, daí nasciam às canções ritmadas.
FOTO:BLOG COCO DE PONTEZINHA


Os instrumentos para essas cantorias, eram: O BOMBO – com Antenor, o GANZÁ com GRANDÃO, o TAROL com – Zezinho ou Roberto cocada, – o PANDEIRO com Soares ou Valdecy ou Severino Ramos da Silva (conhecido por GRANDÃO), segundo Severino Ramos, esses revezamentos eram constante durante a noite, até quando terminava.

WALDEMIR FERNADES BARRO, ELPIDIO MENDONÇA, LUIZ FURTUNATO, NAIR CURATO, VALDEMIR UMBELINO DO MONTE, (VADINHO) LINDALVA DA SILVA SANTOS, FERNANDO VENÂNCIO, SANTINA CURATO, JUAREZ E SUA ESPOSA JOSEFA MARIA DA CONCEIÇÃO (CONHECIDA POR SEFA), NAU e tantos outros.

O PAI DA CRIANÇAJosé Gonçalo dos Santos aposentado (Destilaria Presidente Vargas), conhecido por Zezinho Varelo nascido no dia 10 de janeiro de 1918, no município de Jaboatão dos Guararapes, casado com dona Edwirgens Josefa dos Santos tendo esse matrimônio gerado oito filhos.
Ex-combatente, tendo integrado o exército Brasileiro em plena guerra, era fervoroso católico, embora respeitasse todas as religiões. Era muito querido e respeitado na comunidade, e tinha grandes amigos, principalmente em Pontezinha.


Foi fundador do Coco de Roda de Pontezinha oficialmente, ao passar para o famoso Palhoção do Zezinho, ou Sacramento como carinhosamente o povo falava. Isso com ajuda da prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, através dos Prefeitos, Eronildes Soares que iniciou as obras, sendo concluída na gestão do prefeito Jacó Gomes, cujas placas comemorativas dos grandes eventos desapareceram misteriosamente, dando margem para especulações.

FATO MARCANTE: - Um dia, Zezinho Varelo consentiu que um jovem da comunidade (Heraldo Ferraz Cavalcanti) fizesse um concurso de lambada, dança essa, vinda da cidade de Belém do Pará que era sucesso em todo o Brasil, trazendo multidões para sua primeira apresentação no Palanque do Coco, com distribuição de prêmios e dinheiro para os primeiros, segundos e terceiros colocados, sendo julgados por uma comissão (jurados) trazida por Heraldo para desenrolar da brincadeira. O sucesso foi tão grande, que fez Zezinho procurar Heraldo para uma outra apresentação, sendo feita duas semanas depois, com a mesma infra-estrutura da primeira, também sucesso total.

Daí a pergunta, porque parou, parou por quê? Porque essa brincadeira era muito dispendiosa, e só um, bancava tudo, que era o próprio Heraldo, que como empresário panificador, não tinha tempo disponível, e os custo como ele bem frisou, eram muito altos, e os empresários locais, não quiseram ajudar Heraldo, fazendo com que fosse o fim dessa brincadeira, o que lamentou a comunidade na época.

POLITICA: - Antes do falecimento do grande Mestre Zezinho Varelo, ele comentou sua amizade e do Joel seu irmão, pelo então falecido e ex-vereador senhor Horácio Ferraz e comentou também, algumas de suas decepções, entre elas, estavam alguns políticos que não quis citar nome, porém elogiou os prefeitos que ajudaram o Coco a se desenvolver, como foi o caso de Zequinha, Eronildes e Jacó, e vereador, Euclides Alves por quem tinha grande admiração, sendo vitima já no governo de Elias Gomes, de perseguição sendo assim Zezinho Varelo (O verdadeiro pai do Coco de Roda de Pontezinha) definitivamente afastado da direção, o interessante dessa historia, e comprovando a afirmativa acima foi à prefeitura assumir (tomar) definitivamente o sacramento através da Secretaria Social e de Esporte, sem que houvesse resistência, mesmo, após o fogo.
O Sacramento passou por algumas reforma inclusive o nome, que passou a ser chamado de Centro Social Mestre Goitá, aonde sua tradição de coco de roda praticamente deixou de existir apesar dos esforços e dedicação João de Goitá filho do Mestre Goitá. Achamos que já é tempo da comunidade se reunir e reaver o Centro passando para quem de direito, pois a prefeitura tem essa mania, de quando ajuda ficar com o patrimônio. Prova disso é que ela também tentou ficar com a antiga Creche de Pontezinha hoje propriedade do Conselho Social dos Moradores, foi preciso o presidente recorrer a uma convocação da assembléia, que depois de votada por unanimidade, o livro de ata foi levado a cartório e escriturado. Daqui mando meu grito de alerta, corram atrás do que é de vocês, se não, continuarão sofrendo descriminações e falta de administração em gerir o Centro Social Mestre Goitá, decretará sua extinção e levará junto o que tornou Pontezinha conhecida nacionalmente.

ENQUANTO OS HOMENS QUE CUIDAM DAS MANIFESTAÇÕES CULTURAIS SEJA NO CABO OU EM QUALQUER OUTRO LUGAR NÃO SE ESFORÇAREM EM MANTER, POR PEQUENOS QUE SEJAM OS FOCOS DE MANIFESTAÇÕES EXPONTÂNEAS E  NATIVAS A CULTURA ESTARÁ SENDO ASSASSINADA EM NOME DE UM SISTEMA QUE PARECE, APENAS PARECE, ESTAR DANDO CERTO POR SE TORNAR ÚNICA OPÇÃO.
OS POLOS (POLO PONTEZINHA-GAIBU, NO CABO, DA MOEDA, DO ARSENAL, NO RECIFE) CONCENTRAM AS EXPRESSÕES A ÁREAS RESTRITAS, RETIRANDO AS MANIFESTAÇÕES NATIVAS, RUA A RUA DAS QUADRILHAS, DAS FOGUEIRAS, DAS BRINCADEIRAS E DOS FORRÓS.
POVO QUE ASSISTE A LENTA MORTE DE SUAS TRADIÇÕES, QUE ACEITA SUA HISTÓRIA CONTADA E ESCRITA COM INVERDADES, NÃO TEM IDENTIDADE.

31/10/2005 Uma grande roda de 10 mil pessoas -COMO SEMPRE AS ASSESSORIAS DE IMPRENSA DOS GOVERNOS AUMENTAM EM 50% TUDO QUE POSSA PROMOVER A GESTÃO, MESMO ASSIM NEM SE COMPARA COM O QUE VEMOS HOJE.
7º Encontro Pernambucano de Coco garante perpetuação do que há de mais tradicional na cultura cabense.
Pelo menos 10 mil participaram do 7º Encontro Pernambucano de Coco, ocorrido nos dias 29 e 30 de outubro, no Parque de Eventos de Pontezinha. Ao todo 80 pessoas participaram das oficinas culturais de percussão, dança e culinária, realizadas no Centro Cultura Mestre Goitá, conhecido como Palanque do Coco.
Treze grupos culturais prestigiaram o evento, patrocinado pela Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, da Chesf e do Governo do Estado, através do Funcultura: Boi Estrela, Coco do Mestre Goitá, Coco do Mestre Dié, Fethxá, Coco Popular de Aliança e Coco de Umbigada, Coco Renascer, Dona Célia Coquista e as Filhas de Baracho, Toadas de Pernambuco, Lia de Itamaracá, Selma do Coco e Samba de Coco Raízes de Arcoverde. Para o produtor cultural, e idealizador do projeto, Marcos Moraes, o 7º Encontro Pernambucano de Coco, cumpriu, rigorosamente, toda a expectativa.

"A cada ano, o Encontro vem garantindo a renovação do que há de mais tradicional na cultura cabense. Isso é muito positivo e me sinto feliz de ver que tudo o que foi planejado, foi cumprido", disse Marcos Moraes.

Foto: Assessoria de Imprensa PMCSA
Cristiano Ferreira - 4.11.2005 15:28:06
Este belíssimo evento de resistência da cultura pernambucana foi idealizado e realizado pelo grande artista do Cabo Ivan Marinho quando era diretor de cultura, Marcos Surfe que é um produtor inteligente não deixou o fio da meada se perder. Parabéns Surfe.

PARA SABER MAIS VISITE O BLOG: COCO DE RODA DE PONTEZINHA 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Evite palavrões.