domingo, 4 de abril de 2010

USINA CTDR NO CABO

Não vou me posicionar, não tenho qualificação técnica para aprovar ou desaprovar projeto de tamanha magnitude mais alguma interrogações, dúvidas, incertezas me preocupam.


A. Gastamos milhões de reais para que Pirapama completasse o abastecimento d’água da RMR, será que a construção da CTDR não poluirá a água que será usada por milhões de pernambucanos?

B. Quem fará a fiscalização dos métodos usados para segurança do meio ambiente?

(Será a CPRH, empresa diariamente contestada até em sua honradez nos relatórios apresentados, comprovadamente visando beneficiar os poderes a não o meio ambiente?)

C. O que receberá em contrapartida o Cabo já que a parte mais podre do projeto vai ser engolida por nós?

D. Para não ser chamado de eco-chato, lembro apenas:



1) O CPRH esta permitindo a destruição de vegetação e ambientes de preservação permanente apresentando EIA/RIMAS, contestadas.

2) Nossos rios são poluídos qual a eficácia do CPRH

3) Nossa atmosfera recebe diariamente cargas de poluentes, inclusive veicular, quem está apto a punir os veículos que extrapolam na emissão de gazes? CPRH?

Então! Como esperar que um projeto destes tenha a vigilância necessária e devidamente

Qualificada para punir rigorosamente possíveis danos causados ao meio ambiente?



Por outro lado:

Se encontramos nos mercados do Cabo alimentos comercializados de forma indevida, farmácia trabalhando de forma irregular, podemos confiar na vigilância sanitária?

Existe no município (ou existirá) uma unidade capacitada a agir em regime de urgência urgentíssima em caso de acidente? Se houver um vazamento a defesa civil estará apta?



Não sou contra ou favorável, apenas acho que tudo tem que ser debatido, muito debatido com o povo que depois da implantação da unidade conviverá com seus benefícios e malefícios, não deve ser como quase sempre uma decisão apenas dos políticos, estes como sabemos levam antes de tudo, em conta, quando vão embolsar, depois se devem ou não agradar o que esta um posto acima no poder, depois quando renderá em termos de votos sua aprovação ou desaprovação.

Portanto se não houver um amplo debate popular, explicações, compromissos assumidos, aval do MP, (CPRH, não precisa, as analises deste órgão já são conhecidas), pareceres de técnicos capacitados e honrados que atestem a segurança do projeto, aval de ONGS ligadas ao meio ambiente no estado, enfim, um debate claro, transparente entre partes que se respeitem e se ouçam.

Não estamos decidindo um hoje, estamos programando o futuro e já erramos muito.

Imagem gentilmente cedida por: