quinta-feira, 15 de abril de 2010

A luz que vem do lixo - Respeito é bom e eu gosto, não exijo!

O que revolta não é a usina, pelo menos aparentemente o que revoltou a vereança cabense foi a demonstração de como a câmara municipal e seus membros são importantes na vida política, econômica, social e ambiental do Cabo.



A Casa Vicente Mendes, se considerarmos como verdadeiras as declarações dos vereadores não sabia que seria implantada no Cabo uma usina para queimar o lixo do Recife (claro o nosso também, acho) e presentearem o povo cabense com um ar cada mais mas puro.


Se forem verdadeiras as indignações e vozes revoltadas contra este descaso para com a representatividade popular, a soberania do povo e o direito em decidir o que melhor lhe convém os vereadores “os vereadores” deveriam se unir sem divisões partidárias ou interesses em agradar “A ou B” e abrir mão do dinheiro que gastam fazendo propaganda de show com cantores e DJs, e colocarem carros de som convocando o povo para mostrar em dia, hora e local determinado toda a revolta pelo desrespeito a sua soberania e do seu município.


Mesmo sendo difícil, pois uma ação destas provavelmente irá de encontro aos anseios de alguns “chefes” que poderão negar apoio aos mesmos nas eleições de 2012.


Está na hora da Casa Vicente Mendes dizer se lá é a Casa do Povo ou apenas um ponto de encontro para discutir os roteiros das próximas viagens de turismo, quem sabe Rússia para ver como funciona uma usina de lixo para geração de energia e lá discutirem os percentuais de toxinas aceitáveis, já que pelo visto estamos bem servidos de técnicos nesta área dentro da câmara.


Portanto ai vai uma mãozinha.
Alberto Figueiredo - (81) 3479.2986/8834.5783



Planeta Sustentável



Termelétrica movida com queima de resíduos urbanos vai abastecer campus da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro

BIODIGESTORES

A luz que vem do lixo

Termelétrica movida com queima de resíduos urbanos vai abastecer campus da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro



Foto 01



Carlos Henrique Braz

Revista Veja Rio - 12/03/2008

Nestes tempos em que encontrar maneiras de preservar o meio ambiente é um tema cada vez mais discutido, um projeto em andamento no campus da UFRJ, na Ilha do Fundão, pode apontar a saída para um problema de difícil solução: a destinação final do lixo produzido nas grandes cidades. Implantada em uma área de 5 000 metros quadrados, a Usina Verde produz energia a partir de resíduos. A unidade piloto tem capacidade para gerar força e luz suficientes para abastecer 2 300 residências. Para isso, incinera 30 toneladas de lixo por dia, o equivalente à quantidade produzida por uma população de 45 000 pessoas. O "combustível" vem de um aterro sanitário da Comlurb, no Caju. "É uma termelétrica que funciona usando resíduos urbanos em vez de óleo diesel ou carvão", explica Jorge Nascimento, gerente de operações da usina.

Saiba como a usina funciona

A unidade piloto, com tecnologia desenvolvida pelos pesquisadores da Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia da UFRJ (Coppe), em parceria com o grupo Arbi, deu tão certo que uma nova usina começará a ser construída, em seis meses, também no campus da universidade. Maior, terá capacidade para incinerar 150 toneladas por dia. "Com isso, teremos energia suficiente para iluminar todo o campus", diz Luciano Bastos, pesquisador da Coppe. Diariamente, entre alunos e funcionários, 65 000 pessoas circulam pelas instalações da UFRJ na Ilha do Fundão.

Bastos foi um dos responsáveis pela criação do sistema de purificação da fumaça que sai da fábrica. Evitar que a usina emitisse mais poluição era a grande preocupação dos pesquisadores. A tecnologia desenvolvida consegue limpar a fumaça produzida pela queima do lixo antes que ela seja lançada no meio ambiente - o que sai contém vapor d'água e gás carbônico, ainda maléfico, mas menos nocivo que o gás metano, o maior vilão do efeito estufa, que exala dos lixões.

Em outubro do ano passado, a Usina Verde obteve a aprovação do Bureau Veritas, instituição sediada em Paris que, entre outras atividades, avalia o impacto ambiental de instalações industriais. O próximo passo, agora, é vender a tecnologia. Serão oferecidos módulos como o que vai abastecer a universidade, em quantidade capaz de produzir energia para uma cidade com 190 000 habitantes. "Já fomos procurados por prefeitos, secretários de meio ambiente e empresários interessados em construir usinas semelhantes", conta Luiz Carlos Malta, diretor financeiro da termelétrica. Atualmente, a equipe da Coppe desenvolve programas para quatro usinas semelhantes: duas serão instaladas em siderúrgicas; a terceira, numa fábrica de cimento; e a última, numa indústria de reciclagem de papel.




Foto: 02 - Copenhague




Confesso que ficamos muito surpresos quando descemos do avião no aeroporto Kastrup e vimos de longe duas chaminés que lançavam uma fumaça branca no céu de Copenhague. Logo em Copenhague, cidade que dá exemplo de como as demais cidades deveriam ser.



Antes que entrássemos naquela onda de desilusão, descobrimos num detalhe da própia programação que estava sendo organizada para a comitiva do Planeta Sustentável que aquela fumaça tinha uma razão de ser. Trata-se de uma usina que produz energia e água quente para a cidade. E, para produzir a energia, a usina queima lixo.



Outro mistério, que só fomos desvendar quando fizemos a visita, durante um de nossos Energy Tours. A dúvida aí é porque sempre acreditei na máxima "Deus recicla e o diabo incinera", que ouvi muito durante os tempos em que se construiu em São Paulo, bem ao lado da Editora Abril, a Praça Victor Civita, que é justamente um exemplo por ter recuperado, para a população paulistana, uma área que durante anos foi contaminada por dioxina, material altamente tóxico, acumulado no solo depois de décadas de uso do local como incinerador de lixo.



O que vimos em Copenhague foi algo muito diferente: um incinerador de lixo que, por operar numa temperatura mais elevada, mais de mil graus, produz calor e energia para a cidade sem gerar o tóxico subproduto da dioxina. Cem por cento do lixo não-reciclado vira energia para iluminar e aquecer os moradores de Copenhague. Ao saber disso as chaminés foram me parecendo cada vez menos feias - e um engenheiro me disse que nas unidades de queima de lixo mais novas o próprio calor da fumaça já é recaptado para produzir mais energia.



Mais tarde, descobrimos que, na ponta do lápis, a iniciativa não se paga e que o governo dinamarquês durante anos subsidiou essa operação, até que ela chegasse perto de um ponto de equilíbrio financeiro, como agora. Mas a usina só é deficitária se não for levado em conta o altíssimo custo ambiental de depositar o lixo no chão, algo impensável num país com tão pouco espaço como a Dinamarca.



Se houvesse uma decisão firme do governo brasileiro, boa parte do lixo que hoje é depositado em aterros e lixões poderia estar gerando energia, mais ou menos na escalada de uma PCH (Pequena Central Hidrelétrica). E a soma de dezenas dessas usinas talvez ajudasse a evitar a construção de termoelétricas a carvão, que o Brasil decidiu fazer.



Pelo que vimos aqui em Copenhague, o Brasil poderia decidir fazer algo diferente. Em vez de sujar a matriz energética com carvão, poderia limpá-la com lixo. Fica a idéia. E vai-se embora a má impressão causada pelas chaminés. (Caco de Paula)


Mais uma vez e para deixar bem claro!


Não somos contra a usina e sim sobre falta de informações.

A instalação (que modelo de usina, quem estará à frente do projeto existem técnicos ligados às universidades de Pernambuco ou apenas do governo e do interessado, quem fiscalizará o percentual de emanação de gazes produzidos?

Se for o CPRH já dá para saber que é piada. Não pode a maior promotora de crimes ambientais em Pernambuco ser responsável ou pelo menos dar aval a nada ligado a preservação do meio ambiente.

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